Quem nunca começou uma ilustração e não viu nem uma fotinho pra se inspirar que levante a mão! É bem normal termos ideias de ilustras com personagens e cenários bem montados e resolvidos em nossa na mente, mas, na hora de desenhar, eles não saírem como queríamos. E as referências, além de nos darem mais segurança para desenhar alguma coisa, ajudam a enriquecer nossas ilustrações. Por isso e por outras, vamos explicar como fazer bom uso delas!
É muito útil usar referências não apenas no estudo, mas de fato na criação de desenhos e pinturas que contenham elementos com que você ainda não tenha familiaridade. Como os detalhes das roupas de um personagem específico, ou uma espécie de animal que você nunca desenhou, ou elementos arquitetônicos fora do seu repertório. Nossos desenhos de observação do dia-a-dia nos ajudam a criar repertório visual, mas as referências nos trazem uma riqueza de detalhes que a nossa memória muitas vezes não é capaz de nos proporcionar.
Quando desenhamos alguma coisa, geralmente é uma boa ideia desenhar não como você se lembra disso, mas sim como você, de fato, vê. E as referências (sejam ao vivo, sejam fotográficas) são fundamentais para não confiarmos “cegamente” na memória, mas realmente compreender, observando com atenção, aquilo que queremos desenhar. Pesquisar é essencial para criar representações convincentes.
As referências fotográficas também costumam trazer mais naturalidade para as expressões corporais que desenhamos, mas costuma ser uma boa ideia exagerar e intensificar essas expressões, evidenciando a clareza da linha de ação, as relações de força e tensão.
Afinal, referência não é muleta! Ninguém precisa copiar exatamente uma foto pra fazer um desenho bonito. Aliás, em geral (há exceções), esse processo de “traçar por cima” da foto denota certo amadorismo. E, se mesmo assim você pretende fazer isso, é melhor produzir suas próprias referências, em vez de usar as fotos de outros, ok?
No curso de desenho da Quanta, por exemplo, usamos bastante o desenho de observação como um exercício. Em vez de fazer uma cópia fiel dos contrastes de uma foto, tentamos desenhar a estrutura que está “por dentro”; tentamos compreender a volumetria, a forma tridimensional. É isso o que vai, posteriormente, nos ajudar a desenhar este objeto de qualquer posição ou ponto de vista que desejarmos.
Outra boa dica é usar múltiplas referências para compor uma imagem. Assim, podemos escolher uma referência para a pose, outra para a caracterização da personagem, outra para a iluminação, sacou?
E você? Costuma usar referências para desenhar? Então compartilha outras dicas aqui com a gente!