Como comemorar a Semana de 22?

Não é possível discutir arte brasileira e não mencionar a Semana de Arte de 1922. O evento tinha como objetivos mudar e criar ligação com as nossas próprias raízes e foi exatamente isso que ele fez.

Pode-se argumentar que seu maior legado está na liberdade que os artistas demonstraram em suas obras e na abertura que possibilitou a que as gerações de artistas seguintes pudessem fazer suas próprias experimentações em suas artes. Seu peso na comunidade artista é inegável, mesmo depois de 100 anos.

Dito isso, talvez o conceito seja novo para você, que mesmo interessado no assunto, não sabe bem para onde ir ou como celebrar esse grande marco.

Por isso, nós aqui da Quanta reunimos alguns eventos para te dar uma ajuda!


Exposições:

👉 “Modernismo. Destaques do Acervo”, na Pinacoteca  (13 de janeiro a 20 de dezembro), com 134 obras de artistas modernistas que fazem parte do acervo do museu. – Ingresso de R$22,00 (INTEIRA) de quartas as sextas e gratuita aos sábados. Com base no acervo da Pinacoteca, as obras estão espalhadas pelo prédio e são identificadas por um selo especial, Obra destaque: “Amigos”, de Emiliano Di Cavalcanti

👉 “Pilares de 22”, no Memorial da América Latina, com caricaturas de artistas brasileiros que influenciaram o modernismo na América Latina (13 de fevereiro a 13 de abril), com caricaturas feitas pelo artista Luiz Carlos Fernandes e curadoria do presidente da Associacao de Cartunistas do Brasil, Jal. Os pilares retratam grandes nomes que fizeram parte da semana e também outros nomes que se tornaram grandes nomes do modernismo no Brasil A entrada é gratuita e não é necessário agendamento prévio.

👉 “22 PERIFÉRICO” na Fábrica de Cultura Brasilândia, que reúne releituras de obras dos principais artistas do movimento Modernista e tem objetivo de voltar com os debates da Semana de Arte Moderna, mas atualizados para os conflitos observados atualmente nas margens da cidade. A ideia é questionar “E se Macunaíma de Mário de Andrade fincasse respeito a existência LGBTIQIA+? E se a busca amorosa de Juca Mulato de Menotti del Picchia referir-se ao amor líquido e instantaneidade de grande parte das relações atuais? E se Os Condenados de Oswald de Andrade fizessem uma relação com os movimentos subalternizados como a pixação de São Paulo?” Até 27/2 – De terça a domingo.

👉 “Exposição Era Uma Vez o Moderno” no centro cultural Fiesp A curadoria da mostra é do professor e pesquisador do IEB/USP, Luiz Armando Bagolin, e do historiador Fabrício Reiner. A maior sobre o modernismo brasileiro já realizada, A exposição tem mais de 300 itens da época, além de relíquias e documentos sendo usados  é possível ver projeções e vídeos de personagens que povoaram a semana de 1922 como Mário de Andrade que lê um trecho do livro Pauliceia Desvairada, durante a segunda noite da Semana de Arte Moderna. Na ocasião, nervoso, o poeta tremia de timidez. Em outro momento, a figura de Manuel Bandeira, interpretada no vídeo pelo ator Nilton Bicudo, lê uma carta que o poeta pernambucano escreveu e destinou a Mário de Andrade, criticando o movimento Pau Brasil, de Oswald de Andrade, num momento cheio de humor.


Música e Dança:

👉 No Theatro Municipal, casa que hospedou originalmente a semana de 22 esta fazendo apresentações especiais com o balé da cidade que  apresenta “Muyrakytã” e “Isso dá um Baile!” de 16/02/2022 a 27/02/2022 – Os espetáculos refletem o que seria a força desse movimento em 2022.

O ponto de partida vem em um dos pensamentos de Mario de Andrade, “o passado é lição para refletir, não para repetir”. Encenado em um grande baile.

O elenco vai chegando, trazendo as suas histórias e desejos, com passos de dança que tem como inspiração o estilo de dança que nasceu e se popularizou nos bailes funks do Rio de Janeiro, conhecido como, Passinho. O objetivo é a liberdade de movimentos, a fluidez e o reencontro com a liberdade dos movimentos


On-Line:

👉 A plataforma #CULTURAEMCASA hospeda a Agenda Tarsila, que terá esse ano programação especial e em sua maioria gratuita discutindo os potos que tornaram a Semana de 1922, tão emblemática e como ela nos afeta hoje.

Além de ser ponto para a discussão da necessidade de sempre ter o espirito que seus idealizadores tinham, o constante debate e revisitando as necessidades da sociedade, tirar a arte do elitismo e valorizar a visão que criamos aqui, da nossa realidade; incluindo uma linha do tempo que mostra a repercussão da semana e de seus artistas pelos anos.

Plataforma que reúne 500 atividades online e presenciais das instituições públicas e da sociedade civil, além de um vasto conteúdo relacionado ao tema modernismo, a Agenda Tarsila foi iniciada em 9/2021. Até o momento, o portal tem 100 mil usuários únicos compilados e 9 milhões de usuários alcançados em redes sociais.