Achei legal falar um pouco sobre uma editora que teve uma importancia bacana durante a década de 1960, a MIGHTY COMICS GROUP. Inicialmente como parte de uma linha de revistas, o selo de revistas chamadas de Dark Circle Comics.. que faziam parte da Archie Comic Publications, Inc. que, assim com várias outras editoras, decidiu investir ao gênero super-herói, que já dominava o mercado editorial de histórias em quadrinhos nos EUA nessa década.
A editora contratou Jerry Siegel, co-criador de Superman para ser escritor principal da marca, e Paul Reinman, desenhista e arte-finalista da Marvel Comics para ser uma espécie de editora de arte geral… Um dos primeiros personagens da editora foi “The FlyMan”, criado pela dupla Jack Kirby e Joe Simon. Na verdade, esse personagem foi incialmente publicado por outro selo da Archie chamado Red Circle, e quando foi pro selo Mighty Comics (em 1966) mudou de título para “Adventures of The Fly”.
A MCG foi meio que um apanhado de várias pequenas editoras e selos, que foi peneirando personagens e juntou tudo nessa editora… Personagens como o próprio “Fly Man”, “The Black Hoode”, “The Shield”, “The Comet”, “The Web”, “The Hangman”, “Steel Sterling”, “Mister Justice”… todos vinham de outros selos.
The Black Hood, foi criado por Harry Shorter em 1940.
The Comet foi criado pelo grande Jack Cole também em 1940. Cole é o criador do Plastic Man (Homem-Borracha no Brasil).
The Shield foi criado por Harry Shorten e Irv Novick também em 1940.
Steel Sterling foi criado por Abner Sundell e Charles Biro em 1940.
The Hangman foi criado por Harry Lucey em 1941.
The Web foi criado por John Cassone em 1942.
Todos estes dentro de publicações da Archie Comic Publications, Inc. , antes da própria MCG, ter surgido de fato.
E o The Jaguar foi criado por Robert Bernstein e John Rosenberger bem mais tarde, em 1961, já dentro das publicações da MCG.
Não demorou muito para a editora criar seu primeiro super-grupo, chamado “Fly-Man The Mighty Crusaders”, que depois mudou o nome para apenas “The Mighty Crusaders”. Toda essa linha, esse selo da MCG foi cancelada no final de 1967.
Em 1983, o artista Rick Buckler, que trabalhou muito pra Marvel Comics, tentou retomar os personagens e produziu algumas edições dos Mighty Crusaders, a série caminhou até meados de 1985, sendo cancelada.
Em 1992, a DC Comics adquiriu uma licença para publicar os personagens, e lançou um livro dos “Mighty Crusaders” como parte de uma nova linha de revistas.. Chamada Impact Comics. E deixou os personagens a cargo da dupla Mark Waid e Brian Augustyn. A última edição dessa linha saiu em 1992. Uma coisa interessante, era que ela misturava esses personagens da MCG com outras licenças que a DC havia comprado.. da antiga Charlton Comics.. que tinha personagens como O Questão, Capitão Átomo e Besouro Azul. Todos adaptados ao universo DC regular.
Estes personagens desapareceram com o tempo. Mas eles representam bem uma época de maior inocência, onde não existia ainda essa espécie de obrigatoriedade de se levar super-heróis a sério.. jogando eles em um mundo realista.. esse tipo de doença criativa pela qual o gênero passa desde as gerações de artistas criados pelo próprio Moore e Frank Miller.
Recomendado por: Marcelo Campos