O estilo nasceu na região ao noroeste do Paquistão, com a invasão de Alexandre, o Grande e alguns reis Indo-Grecos, que introduziram formas artísticas clássicas que se tornaram parte importante para a prática artística desta região nos próximos 7 séculos. A dinastia vigente neste período era a Kushan que mantinha ligações com os impérios romano, sassanida e chinês.
Este estilo se espalhou principalmente por conta das rotas comerciais da época. A região de Gandhara controlava as altas trilhas das montanhas, de grande importância para o comércio internacional. Este fator fez da região uma área rica com a população mais poderosa da região e, por consequência, era a casa dos patronos Budistas, mais influentes do sul da Ásia. A constante passagem de povos na região também aumentou seus números de influencias e comerciantes levavam produtos de todas as áreas da Ásia.
O apoio dos patronos Budistas às artes da região vieram em grande parte no século I d. C.. mesmo com o budismo já sendo parte da cultura desde o século III a.C. Ele se baseou na interpretações dos mitos Budistas em técnicas e motivos Romanos que incluem querubins carregando guirlandas, tritões e centuriões, mas a iconografia básica se manteve indiana.
No primeiro momento as matérias primas usadas na escultura foram: filitio verde e micaxisto cinza azulado, ambas são pedras metamórficas como o quartzo ou o mármore. Com a popularização da escola artística Gandhara foram usados também o Estuque, que funciona como uma argamassa com pó de mármore. E finalizadas com uma camada de pintura dourada.
A imagem do Budha que conhecemos hoje tem grande influencia neste estilo, ele apresenta o Avatar como suas características antropomórficas com influencia nas tradições romanas. O Buda desta escola tem traços de um jovem Apolo, o Deus do luz e do sol da mitologia grega. As vestimentas apresentadas também se assemelham a roupas imperiais de Roma.
Uma influencia que foi desconsiderada foi a representação do Budha sentado, que na visão romana deformava, ou reduzia, a imagem de um Deus. Os romanos geralmente retratavam suas divindades e realezas em pé.
Esta escola coexistiu com a Escola de Mathura, também desenvolvido durante o império de Chuchana, mas a segunda escola usou as próprias influencias indianas para retratar seus deuses, ela trabalhou como um tipo resistência durante a invasão helenística. Nesta vertente você vê representações das três grandes religiões do território, Budismo, Jainismo e Hinduísmo.
VocÊ pode ler um pouco mais sobre este estilo nos arquivos do Metropolitan Museum de Nova York
Recomendado por: Carol Fernandez