Foi um filme diferente.. o nome é bobo, trash e perfeito; Robocop.. parece um daqueles personagens que a gente cria quando tem 10, 12 anos de idade. Aí você assiste ao filme e vê uma linguagem de quadrinhos ao estilo “Heavy Metal, com pitadas apimentadas de crítica sócio/política e um tipo de humor que não se faz mais muito hoje em dia. A violência estilizada e exagerada (pra época) davam a indicação de que aquele era sim um filme feito pra crianças (da época) mas pra adultos verem (como crianças).

O filme tinha um ar de The Dark Knight Returns”, do Frank Miller, lançado um ano antes (1986), com as narrativas complementares mostradas em telejornais e comerciais de TV, que também trabalhavam a construção da estrutura de universo e de cenário sócio/politico do “futuro próximo estilizado” (da época). Não sei até onde a obra transformadora de Miller atuou como influencia no filme de Verhoeven e roteiro de Edward Neumeier e Michael Miner, mas está tudo ali.

Era um filme de super-heróis.. o que não era muito comum (na época). E ele já chegou como algo diferente do próprio gênero que o inspirava. Inovação tá aí..

Verhoeven também dirigiu o primeiro Total Recall (Arnold Schwarzenegger) e o grande Tropas Estelares… ambos seguindo a mesma estilização trash e crítica.

Robocop está entre meus 10 filmes preferidos. Acho que vale a pena revisitar esse grande filme.

Você pode ver o trailer original aqui e dar uma espiadinha.

Recomendado por: Marcelo Campos